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Jornadas de Sucesso com José Marcos

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Trajetória profissional - como cheguei onde estou como mentor:

A história é bem longa, por isso vou resumir: comecei minha carreira profissional aos 14 anos, e aos15 me formei em Ajustagem Mecânica. Depois de 3 anos trabalhando no chão de fábrica em uma indústria de motores, acabei migrando para a área de tecnologia (na época conhecida como CPD–Centro de Processamento de Dados). Em fevereiro de 1996, com quase 36 anos, iniciei minha carreira na área de consultoria empresarial, inicialmente em tecnologia e 1 ano mais tarde em gestão de mudanças organizacionais. Foi aí que tudo fez sentido e eu encontrei a minha especialidade como profissional de consultoria, e aos poucos comecei a apoiar jovens consultores e consultoras, colegas de trabalho e até familiares, como um mentor informal. Há 4 anos entendi queo que mais me dá prazer na vida hoje é apoiar e inspirar pessoas por meio de mentoria. Fiz cursos, me especializei, e hoje sou muito feliz em atuar como Mentor.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua carreira e como lidou com eles?

Desafio? Sem dúvida, acordar às 4h30 da manhã aos 14 anos, pegar trens lotados, ter a marmita amassada quase todos os dias e crescer em um ambiente de bastante vulnerabilidade social. Ter vivido uma adolescência e parte da juventude dessa forma me moldou como ser humano. No mundo da consultoria empresarial, no qual estou há 27 anos, o maior desafio foi frequentar lugares não inclusivos, ter que “colocar uma máscara” toda vez que entrava nos escritórios (tanto das empresas onde trabalhei, quanto em clientes…). Eu me sentia um “peixe fora d ́água”, mas isso me fez ter ainda mais resiliência e maturidade na vida… Como lidei com esses desafios? Em casa, com o amor da família, no trabalho com muita dedicação, comprometimento com o meu futuro e o meu sucesso e, claro, com o apoio de muita gente que gostava de mim, que tinha sensibilidade e que apostaram no meu talento.

Você poderia compartilhar uma história de sucesso marcante e m sua jornada como mentor? Como essa experiência impactou sua vida e carreira?

Uma história que me marcou muito aconteceu no ano passado. Uma jovem profissional, mulher negra, que deu um feedback muito marcante depois de um programa de mentoria. Ela estava começando a liderar uma equipe, tinha bom relacionamento com as pessoas etc., mas ele entendia que precisaria se dedicar mais, estudar mais… Ela já tinha feito muitos cursos, estava se exigindo de uma maneira absurda, achando que não daria “conta do recado” (a tal síndrome do(a) impostor(a)).Tinha dúvidas quanto ao que sua chefe pensava sobre o desempenho dela, enfim… Um dia, eu a fiz refletir sobre o porquê de toda aquela ansiedade, de toda preocupação em estudar ininterruptamente, que ela deveria descansar também e acreditar no potencial que ela já vinha demonstrando. Ela desabou a chorar, dedicou aquele fim de semana ao lazer. Na sessão posterior, ela estava totalmente diferente, sorrindo e dizendo que tinha “caído a ficha”, e quando me encontro presencialmente em São Paulo me abraçou e disse: “aquela sessão de mentoria mudou a minha vida!”. Foi inspirador pra mim e me fez acreditar ainda mais que estou no caminho certo fazendo oque mais gosto na vida! 

Quais são as lições mais importantes que você aprendeu ao longo de sua trajetória profissional e como elas influenciam sua abordagem como mentor?

Eu sempre fui uma pessoa muito ansiosa, e isso me trouxe muitas dificuldades na vida em geral. Me preocupava demais em ser quase perfeito, fazer as coisas de maneira irrepreensível, ser um profissional exemplar. Só que esse comportamento me fez muito mal, chegando a gerar doenças que quase me levaram à depressão. Com o tempo, e a maturidade, entendi que eu deveria mudar esse comportamento, fazer o meu melhor sempre, pensar no “aqui e agora”, e entendi que esse comportamento não significa, necessariamente, que você deve fazer as coisas de qualquer jeito. Pelo contrário, você deve se pensar e fazer planejamento, primar pela qualidade de tudo o que faz, mas não entrar em desespero caso a realidade não saia como o planejado. Como na frase daquele samba: “se a coisa não sai do jeito que eu quero, também não me desespero, o negócio é deixar rolar…”. E em quase todas as mentorias que faço hoje eu apresento isso às pessoas, e elas têm recebido muito bem, agindo de forma menos “estressada” e isso tem dado resultados positivos. Isso me dá muita alegria e é o que me move hoje como ser humano…

Existe alguma experiência específica ou momento decisivo que moldou sua visão e missão como mentor? Se sim, poderia compartilhar conosco?

O momento decisivo para essa mudança de rumo na minha vida aconteceu há 4 anos. Procurei minha líder na empresa e disse a ela que eu desejava fazer uma transição de carreira. Então ela me perguntou: “o que você quer fazer?”. Essa foi a pergunta-chave, pois ela me pegou de surpresa… E minha resposta foi: “eu não sei exatamente o que quero fazer, mas sei exatamente o que eu NÃO QUERO fazer, ou seja, continuar trabalhando com o que estou trabalhando há tanto tempo…”. E foi nesse momento que entendi que eu deveria redesenhar meu propósito de vida, fiz um curso/jogo com uma grande amiga que me ajudou nesse redesenho. E meu propósito ficou como “Inspirar e estimular pessoas para que se desenvolvam e inspirem outras pessoas a transformarem as organizações e a sociedade por meio da equidade de oportunidades”.

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