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Executivo com mais de 30 anos de carreira, Marcio Lino já ocupou cargos de liderança em gigantes como a Ambev e chegou à diretoria da TIM, onde liderou projetos estratégicos nas áreas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança. 

Mas antes de tudo isso, aos 11 anos, ele vivenciou a primeira grande transformação de sua vida. 

Ele foi notado por uma assistente social por seu desempenho excepcional e convidado para ingressar no tradicional Colégio Pedro II, tido como um dos mais tradicionais do Brasil.

Essa oportunidade não foi apenas uma mudança de instituição, mas a abertura de um novo horizonte. “Passei a conviver com pessoas de realidades diferentes. Aprendi a me adaptar e a me comunicar com gente de todos os tipos”, lembra.

Anos depois, formado em engenharia química aos 21, essa habilidade se provaria muito importante. 

Desafios de um novo líder

Marcio começou sua carreira liderando uma equipe de produção na Ambev. Na época, a companhia ainda era a Brahma, e passava por um processo intenso de reestruturação após ser adquirida por um grupo de investimentos. 

O desafio de Marcio era assumir o posto de um líder muito respeitado pelo time e que estava se aposentando.

Em sua chegada, ele enfrentou olhares desconfiados e muitas provações. “Eu era sempre testado com perguntas — não pelo meu gestor, que me apoiava, mas pela equipe. Se você é um líder novo e não tem o apoio da gestão, é como jogar um peixinho dourado em um aquário cheio de tubarões.”

Mas em vez de confronto, ele usou as habilidades de adaptação e comunicação que tinha desenvolvido na adolescência. 

“Eu já tinha passado por uma transformação parecida no colégio e percebi que conseguia dialogar com pessoas de todos os níveis, do chão de fábrica aos diretores. Algo que eu fazia era não ter medo de dizer ‘não sei’. Quando admitia isso e perguntava a opinião do outro, ganhava empatia e confiança.”

Com o tempo, essa competência foi reconhecida. Marcio ganhou o apoio do seu time e colecionou conquistas na Ambev: liderou um programa de educação de jovens e adultos em parceria com a Fundação Roberto Marinho, cuidou da formação técnica de operadores e conduziu projetos de produtividade e engajamento dentro da corporação. 

Carreira em Telecom

Depois de seis anos de Ambev, Marcio decidiu virar a página. Entrou como gerente da Intelig, empresa de telecomunicações criada com capital estrangeiro e promessa de inovação. 

“Se tratava de uma nova empresa que tinha um investimento de 1,2 bilhão de dólares no Brasil. Era a chance de criar algo do zero, mas com estrutura. Mergulhei de cabeça.”

Na Intelig, Marcio foi ganhando espaço e responsabilidades cada vez maiores. Lidava com a assessoria da presidência e do conselho, trabalhando diretamente com presidentes e vice-presidentes, e sempre recebia os projetos mais difíceis, os que ninguém queria. “Acabei ficando conhecido como o cara dos projetos impossíveis”, relembra com humor.

Em pouco mais de dois anos na companhia, ele já tinha participado de ações de reestruturação e, como o setor de telecomunicações sempre foi muito conectado ao governo, com 25 ou 26 anos de idade, já atuava diretamente com Brasília. 

Foi nesse momento que recebeu um convite para trabalhar na TIM, onde permaneceria por quase 20 anos. 

Ele assumiu a posição de Diretor de Relações com Investidores e depois migrou para áreas de qualidade e estratégia. Também passou um tempo no planejamento estratégico do grupo. 

Paralelamente, fez especializações sobre meio ambiente, inteligência empresarial e cursou Direito. Em Bruxelas, estudou temas como regulamentação internacional e direito da concorrência. 

Em 2018, com cerca de 15 anos de TIM, se tornou Diretor ESG, posição na qual alcançou, entre outras conquistas, a introdução de metas ambientais, sociais e de governança no plano estratégico e a captação de R$ 1,6 bilhões em títulos linkados a indicadores de sustentabilidade. 

Devolvendo o que recebeu

Em março de 2023 Marcio deixou a TIM para empreender. “Depois de 32 anos no mundo corporativo, senti que havia fechado um ciclo e estava pronto para abrir um novo”, explica. 

Agora, como CEO & Founder da Colin Consultoria, ele oferece direcionamento para organizações em ESG, Negócios Sustentáveis e Telecom, além de fornecer apoio com gestão de projetos e planejamento estratégico.

“Quando saí da TIM, até pensei em descansar. Mas não consegui. Surgiu tanta demanda que precisei abrir minha consultoria para atender de forma mais estruturada. Atuamos com impacto, inclusão digital, desenvolvimento social e tecnológico.”

Em 2024, o convite para se juntar ao time de mentores Top2You surgiu para complementar esse movimento de dar as mesmas oportunidades que recebeu.

“Tive muitos mentores ao longo da vida e me espelhei neles. Além disso, sempre fiz mentoria de forma informal, dentro do ambiente corporativo, com pessoas próximas. Quando fui convidado para a Top2You, vi uma chance de ampliar isso e alcançar profissionais em outros contextos.”

Nas mentorias com ele, a escuta é ativa, a empatia é prática e o objetivo é sempre levar o mentorado a entender, com clareza, por que está ali e o que realmente deseja. 

Mas isso não significa que o mentee ficará em sua zona de conforto. O estilo de mentoria de Marcio é provocativo e direto. Para ele, esse é o único caminho possível para acessar uma verdadeira zona de evolução. 

Para os próximos anos, seus planos estão bem traçados: “Quero estar cuidando dos netos e continuar fazendo mentoria, claro, mas não estar mais à frente da operação do meu negócio. É isso que estou buscando agora: crescimento com sustentabilidade, consolidação com autonomia. E estou animado com o que está por vir.”

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