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Um profissional conhecido pelo alto desempenho começa a se atrasar. Depois, passa a faltar com frequência e as entregas perdem a típica qualidade. A liderança, sem entender o que está acontecendo, passa a pressioná-lo ainda mais.

Poucas semanas depois, ele pede demissão. Em pouco tempo, está trabalhando na concorrência. Lá, volta a entregar resultados acima da média.

O que mudou?

A empresa anterior nunca perguntou, mas ele enfrentava um divórcio conturbado. Estava cuidando sozinho de dois filhos adolescentes com problemas na escola. Os pais, idosos, dependiam dele para tudo.

No trabalho, tudo o que recebeu foi pressão e olhares acusadores. Já no novo emprego, encontrou flexibilidade de horário, escuta por parte da liderança e um plano de saúde que atendeu a família

Encontrou, enfim, apoio.

Esse tipo de história acontece todos os dias e revela que quando a corporação ignora o que acontece na vida do colaborador, não perde apenas produtividade, mas pessoas talentosas

Não é caridade. É visão de negócio

Nenhum talento entrega o seu melhor quando está emocionalmente desequilibrado. E poucas coisas desestabilizam mais do que crises pessoais e familiares. 

É que, por mais que a gente queira, não existe fronteira clara entre o profissional e o pessoal.

O colaborador não desliga sua vida particular ao bater o ponto. Ele carrega tudo o que vive com ele. 

“Aquela história do século passado de deixar sua vida pessoal lá fora e trazer só o profissional é contraprodutiva e impossível”, afirma Margareth Cardoso, C-Level de RH, psicoterapeuta e mentora da Top2You. “As empresas que perceberam isso e começaram a cuidar da saúde e bem-estar do funcionário nos diferentes aspectos da vida notam um impacto positivo.”

E não, a reflexão não é que o RH abrace todos os desafios pessoais dos trabalhadores. 

Mas fingir que eles não existem é um erro, e as consequências são graves: não apenas financeiramente, com mais afastamentos e rotatividade, mas também no engajamento, produtividade e reputação interna e externa. 

Pois é, em um mercado cada vez mais competitivo, reter talentos já não depende apenas de salário ou plano de carreira. Depende da capacidade de enxergar a vida real das pessoas. E essa vida inclui filhos, pais, parceiros, ciclos complexos e imprevisíveis.

“Vejo que, quando a organização adota um olhar mais integrado, que considera a vida e os diferentes papéis do funcionário, apoiando também sua família, isso se traduz em engajamento e retenção.”

Margareth explica que, quando sua vida fora do expediente é considerada, o profissional se sente mais seguro. Por isso, pensa muito mais antes de trocar de trabalho e, muitas vezes, valoriza esse cuidado até mais do que o próprio salário.

“Além disso, se o trabalhador está feliz, naturalmente passa a se dedicar mais. Isso se reflete em uma melhora do desempenho, que, por sua vez, impacta diretamente o lucro do negócio”, detalha. 

O ecossistema familiar como motor de engajamento

Talvez você esteja pensando: isso é muito bom na teoria, mas não funciona na prática. Afinal, com mais responsabilidades, há menos entrega no trabalho. 

Só que essa linha de raciocínio não resiste aos dados.

Segundo a 2ª edição da pesquisa Engaja S/A, desenvolvida pela Flash em parceria com a FGV-EAESP e o Grupo Talenses, profissionais casados e com filhos, por exemplo, são mais engajados no trabalho

O estudo mostra que 49% dos casados e 50% dos que são pais ou mães estão engajados. Em contraste, entre os solteiros, o índice cai para 38%. Entre os que não têm filhos, para 35%.

O que esses números dizem, com todas as letras, é que o ecossistema familiar, quando bem suportado, pode ser uma força — e não um peso. 

Pessoas com vínculos fortes, qualidade de vida em dia e estabilidade emocional tendem a se envolver mais, a contribuir mais, a permanecer mais.

Mas isso só acontece quando há espaço para que a vida pessoal e a profissional deixem de ser forças em conflito e passem a caminhar juntas.

Como apoiar colaboradores e suas famílias no dia a dia

Apoiar famílias não se resume a oferecer benefícios de prateleira. Exige coerência cultural. 

Lideranças preparadas para ouvir. Políticas aplicadas com empatia. Processos que consideram contextos individuais sem comprometer os objetivos coletivos.

Algumas empresas já estão se movendo. Avançam em políticas de licença parental. Criam jornadas mais flexíveis. Subsidiam creches. Cuidam da saúde dos dependentes. Ajustam prazos em situações familiares críticas.

Mas é possível ir além com ações simples:

  • Criar redes de apoio internas entre colaboradores que vivem situações semelhantes, como grupos de pais, cuidadores de idosos e famílias que incluem pessoas com deficiência..
  • Disponibilizar profissionais para orientação familiar, como psicólogos, terapeutas ou assistentes sociais, em parceria com o RH. Quando o colaborador encontra dentro da empresa alguém preparado para ouvi-lo e orientá-lo diante de dilemas familiares, a confiança se fortalece e o vínculo com a organização também.
  • Treinar lideranças para identificar sinais de sobrecarga familiar, acolher conversas difíceis e ajustar expectativas de forma estratégica. 

“O líder precisa ter um desenvolvimento da inteligência emocional profundo e também entender claramente os processos da empresa: o que ela pode oferecer em cada situação e, também, o que não pode fazer”, diz Margareth. 

Além disso, as lideranças precisam aprender como fazer. E é nesse ponto que a mentoria se torna uma ferramenta essencial.

A mentora explica: “Vejo muitas boas intenções e muitos treinamentos sobre o que fazer em determinadas situações. Mas, quando a gente fala de questões subjetivas, do emocional do outro, o mais desafiador é o como resolver. A mentoria ajuda a lidar com essas situações.”

Na Top2You, a mentoria é construída com base em escuta, alinhamento de contexto e desenvolvimento direcionado. E é justamente por integrar essas dimensões que ela se torna uma alavanca poderosa de crescimento pessoal e profissional.

No fim das contas, liderar pessoas é, também, saber lidar com aquilo que não está nos relatórios, mas pesa nas decisões, afeta a energia e molda os resultados.

Preparar líderes para enxergar e agir diante dessas camadas mais sutis é um passo necessário para qualquer organização que deseja ser, de fato, um lugar onde as pessoas queiram estar e dar o melhor de si.

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