
Existe uma ideia que ainda persiste dentro de muitas empresas: a de que a maternidade atrapalha a carreira.
Ela sugere que a mulher que se torna mãe vai inevitavelmente perder performance, foco e ambição. Que, depois da chegada de um filho, as prioridades mudam, portanto, a profissional deixa de ser uma aposta promissora.
É um pensamento silencioso, mas devastador. E, acima de tudo, profundamente equivocado.
Enquanto se discute diversidade de gênero em conselhos e programas de aceleração para mulheres, uma parte essencial da equação continua sendo ignorada: a experiência da maternidade no ambiente de trabalho e o impacto que ela tem não apenas para as mulheres, mas para a cultura corporativa como um todo.
Ser mãe não deveria ser visto como uma limitação. Deveria ser encarado como um motor de desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais que são, hoje, as mais valorizadas pelo mercado.
Mas, para isso, empregadores precisam deixar de tratá-las como uma “questão sensível” a ser administrada e passar a vê-las como o que são: talentos potentes, completos e que já provaram — dentro e fora de casa — que sabem lidar com complexidade e humanidade.
Ser mãe e profissional: um exercício diário de resistência
Não é exagero dizer que seguir carreira depois da maternidade é, muitas vezes, um ato de resistência.
Dados da FGV mostram que quase metade das mulheres são desligadas do trabalho até dois anos após retornarem da licença-maternidade.
Mesmo quando permanecem, são inúmeras as barreiras que enfrentam.
Segundo um levantamento da Think Work, 31% das mulheres já se sentiram menosprezadas no trabalho por serem mães, contra 12% dos homens.
É que não basta ser boa: é preciso provar, o tempo todo, que ainda é competente. Que ainda “dá conta”. Que continua comprometida.
A ironia é que muitas mães aprimoram justamente as soft skills que o mercado tanto diz valorizar.
A Think Work apurou que, para mais de 80% das mulheres com filhos, a parentalidade impactou positivamente competências como empatia, criatividade, resiliência, resolução de conflitos e proatividade.
Beatriz Cara Nóbrega, que é C-Level em Gente, Gestão e Experiência do Cliente, mãe do Rafael e mentora Top2You, concorda. “Depois de virar mãe, ganhamos uma força descomunal, e não é mais qualquer coisa que nos abala. Ao mesmo tempo, começamos a fazer escolhas mais conscientes e passamos a planejar melhor. Também desenvolvemos um olhar mais apurado e sensível para as questões humanas.”
Não é isso que as empresas querem?
Apoiar mães no trabalho não é um favor. É uma escolha estratégica
Companhias que entendem a potência da parentalidade constroem políticas não para compensar uma suposta perda, mas para maximizar um ganho real.
Flexibilidade, plano de carreira que considera diferentes fases da vida, segurança psicológica e liberdade para crescer sem culpa. Tudo isso deveria ser o ponto de partida.
Não porque é “bonito”, mas porque é eficiente, rentável, sustentável. Dá retorno.
“Quando uma mulher é respeitada durante a licença-maternidade ou diante da doença de um filho, ela volta engajada. Vai dar 110% para a empresa porque reconhece o respeito que recebeu”, explica Patrícia Mirilli, CEO, Diretora Executiva e mentora Top2You.
Ao permitir que essa profissional ocupe espaço com segurança, as organizações apoiam a construção de culturas corporativas mais empáticas, mais diversas e mais fortes.
E essa transformação não afeta só as mulheres.
Impacta pais, cuidadores, homens que querem exercer a paternidade ativa, jovens profissionais que desejam ter filhos no futuro sem temer pelo emprego. Humaniza a corporação.
Não é à toa que Patrícia destaca: “Quando oferecemos a licença estendida para os pais, por exemplo, isso também apoia as mulheres, já que eles passam mais tempo com os filhos, participam mais do crescimento e da educação. Quando a empresa entende que o pai também precisa participar da chegada do filho, ela fortalece esse momento único para toda a família.”
Beatriz completa dizendo que, ao discutir benefícios e práticas corporativas, também precisamos falar de flexibilidade. E não só de jornada e modelo de trabalho, mas também de um olhar mais humano e customizado.
“É pensar, por exemplo, que uma mãe em licença-maternidade precisa de vale-alimentação, não refeição, porque está em casa, precisa comprar comida no mercado”, diz.
E se ainda falta clareza sobre como fazer isso, aqui vão alguns caminhos para quem quer deixar de perder talentos e começar a colher resultados:
1. Trate flexibilidade como estratégia, não como concessão
Horários adaptáveis, possibilidade real de home office e metas baseadas em entrega criam espaço para que mães sejam ainda mais produtivas.
2. Construa trilhas de crescimento que considerem a parentalidade
Planos de carreira devem incluir a realidade das profissionais, garantindo que o desenvolvimento não seja interrompido ou desvalorizado.
3. Treine lideranças para reconhecer viés inconsciente
As decisões de promoção, avaliação e distribuição de projetos precisam ser feitas com consciência real sobre o preconceito estrutural contra mães e combatê-lo ativamente.
4. Ofereça suporte emocional e redes de apoio
Grupos de mães, mentorias, acesso a psicólogos ou programas de apoio parental mostram que a empresa entende os desafios e investe na saúde emocional dos seus colaboradores.
5. Dê visibilidade às mães em cargos de liderança
Mostrar exemplos reais reforça que maternidade e crescimento profissional não são caminhos opostos. Podem ser trajetórias complementares.
Para potencializar talentos, invista
Apoiar mães é reconhecer que desenvolvimento não acontece no improviso.
Muitas profissionais já chegam ao mercado com habilidades únicas, mas para transformar esse potencial em liderança de alto impacto, é preciso dar estrutura, visibilidade e ferramentas de crescimento.
É aqui que as mentorias de alto impacto da Top2You entram como força estratégica.
Nossas trilhas personalizadas aceleram a prontidão de talentos que vivem jornadas complexas, como as mulheres que conciliam maternidade e carreira.
Com uma rede de mentores experientes, metodologia exclusiva e acompanhamento por indicadores de evolução real, ajudamos empresas a transformar potência em performance de alto nível.Se a sua organização está pronta para deixar de perder profissionais incríveis e começar a construir um legado com base no respeito e na valorização à história pessoal e profissional de cada um, a Top2You está pronta para ser sua parceira nessa transformação!