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Marco Moretta: quem sabe onde quer chegar não teme mudar de rota

Por top2you
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Marco seguiu no marketing da White Martins até 1992, quando surgiu o convite para um novo desafio: assumir a gerência de Grupo de Produtos da Castrol. 

Nos cinco anos seguintes, mergulhou fundo na operação da marca, liderando o planejamento, a execução e o controle das estratégias, aprovando novos produtos e acompanhando de perto a área de vendas.

Em 1997, recebeu uma proposta para ser o Gerente de Marketing da calçadista Kenner. Aceitou, mas teve um cuidado que se provaria muito importante no seu futuro: “Fiz questão de sair da empresa com muito respeito. Fui transparente com meu chefe, expliquei os motivos, dei aviso prévio e ajudei na transição. E olha só: dois anos depois, aquele mesmo chefe me ligou”.

Do outro lado da linha, um novo convite. A Castrol tinha passado por uma reestruturação global, e o Brasil ganhou um papel mais estratégico na operação. Por isso, o antigo chefe de Marco estava buscando alguém para cuidar de montadoras. 

Foi assim que o executivo assumiu a cadeira de Gerente de Vendas e Marketing para o setor de concessionárias e montadoras da América Latina. 

Algum tempo depois, a empresa foi comprada pelo grupo inglês BP, e Marco foi trabalhar nos Estados Unidos com atuação em toda a região das Américas. 

Foram cerca de três anos fora do país, o suficiente para perceber, ao voltar ao Brasil, que seu nome ganhava cada vez mais tração no mercado. Outras empresas passaram a enxergar valor na bagagem que ele trazia.

Essa visibilidade o levou a ser contratado pela Michelin em 2008. Na multinacional francesa, passou por diversas cadeiras: Diretor de Marketing e Vendas da divisão de pneus de motocicletas, Diretor Comercial e, mais tarde, Diretor Geral da divisão de pneus para automóveis nas Américas do Sul e Central. 

Na última função, coordenava uma estrutura robusta que envolvia vendas, marketing, P&D, controle de gestão, supply chain, qualidade e indústria — além de acumular o cargo de Vice-Presidente para a região. 

Depois de mais de 10 anos na Michelin, Marco passou a atuar como consultor e conselheiro, até que surgiu o convite para liderar a operação da Point S no Brasil. 

A proposta reunia dois elementos que sempre o atraíram: começar algo do zero e, ao mesmo tempo, contar com o respaldo de uma marca sólida. 

Com 50 anos de história na França, mas recém-chegada ao Brasil, a Point S era a combinação ideal: nova o suficiente para inovar, estruturada o bastante para crescer. 

Hoje, com mais de 30 anos de experiência, passagens por multinacionais de peso e projetos que atravessam fronteiras e setores, Marco mantém o entusiasmo de quem acabou de dar a largada. “Na Point S somos uma equipe pequena. Tem dia que estou trocando lâmpada, outro dia estou fazendo apresentação para a matriz. Parece startup, e eu adoro isso.”

Esse espírito inquieto, de quem não se acomoda nem se apega ao status, é o que move Marco. Para ele, além de crescer dentro de uma empresa, é essencial crescer como profissional com autonomia, consistência e propósito.

Mentoria: devolvendo o que recebeu

Desde 2017, Marco atua como mentor da Top2You, o que o torna um dos primeiros a embarcar nesse projeto. 

“Quando era mais jovem, eu já gostava de trocar, conversar com meus liderados, falar sobre carreira. Hoje, sinto que tenho muito conhecimento acumulado. Não quero que isso acabe comigo. Quero passar para frente.” 

E passa com paixão, clareza e empatia. “Às vezes, na mentoria, eu vejo a pessoa descrevendo um problema que vivi anos atrás. A gente quase chora junto. Quando isso acontece, eu saio da sessão flutuando. É muito recompensador.” 

Mais do que estratégias e técnicas, Marco compartilha o que não está nos manuais: os dilemas silenciosos da liderança, as curvas inesperadas da carreira, os conflitos internos, os tropeços e os recomeços.

“As pessoas têm muito medo. Ser líder ainda é o grande desafio. E é aí que a mentoria pode fazer toda a diferença, porque podemos compartilhar nossas histórias, com seus erros e acertos, e inspirar outras pessoas.”