Há escolhas que parecem pequenas, mas definem todo o rumo de uma trajetória.
No universo da mentoria, uma dessas escolhas é decidir se a jornada será conduzida com um único mentor ou com múltiplos mentores.
À primeira vista, a diferença pode soar como um detalhe operacional. Mas, na prática, ela muda como o aprendizado acontece, quais vínculos são construídos e até onde o mentorado consegue ir no seu próprio desenvolvimento.
E essa decisão também revela algo ainda maior: a necessidade de assumir o protagonismo do seu desenvolvimento.
Afinal, ninguém cresce apenas por estar exposto a bons mentores; cresce porque sabe usar essa oportunidade de forma intencional, conectada às próprias metas e com abertura ao processo de transformação.
Linearidade × pluralidade?
De acordo com Alexandre Sgarabotto, Diretor Gente do Grupo Boticário, seguir com um único mentor é optar pela consistência.
Cada encontro reforça uma relação de confiança, permitindo que objetivos sejam revisitados com profundidade e que o progresso seja acompanhado de perto.
No entanto, ele lembra que essa escolha exige atenção: “O mentorado deve entender que, nesse caso, terá um viés único e uma limitação de perspectivas. Além disso, deve se policiar para não depender excessivamente do mentor”.
Em outras palavras, consistência não deve ser confundida com exclusividade. O vínculo é valioso, mas precisa vir acompanhado de autonomia, senso crítico e abertura para novas referências.
Por outro lado, optar por múltiplos mentores é ampliar o repertório.
As trocas trazem novos pontos de vista, diferentes redes de contato e referências. Essa pluralidade é rica porque obriga o mentorado a comparar, filtrar, sintetizar e, acima de tudo, formar seu próprio juízo.
Mas Alexandre reforça que também existem desafios: coordenar conselhos distintos não é simples. Nesse caso, é preciso ter maturidade e clareza de objetivos caso a pessoa mentorada converse com mentores com opiniões divergentes.
Então, qual é o caminho certo? Na verdade, ele não existe.
A escolha entre um ou múltiplos mentores vai depender do perfil do mentorado, seus objetivos, seu momento de carreira e do quanto ele está disposto a se abrir para a consistência de uma relação profunda ou para a diversidade de perspectivas.
O importante é que essa decisão seja tomada com consciência sobre onde se quer chegar e quais recursos podem acelerar essa jornada.
Mas Alexandre dá uma dica que vale para todos os mentorados, independentemente do caminho escolhido.
“Acredito que olhar para a experiência, o alinhamento de valores, reputação e fit de personalidade são elementos interessantes, além de avaliar se haverá de fato disponibilidade para conduzir o processo todo”, ele sugere.
Autonomia e autoeficácia: a dupla que transforma a mentoria
Um ponto fundamental da jornada de um mentorado é a responsabilidade e o protagonismo na jornada.
Dar ao mentorado a oportunidade de falar sobre o que ele quer, na hora em que ele quer e com as pessoas que ele quer é empoderar para garantir relevância e engajamento no processo.
Afinal, ninguém aprende de verdade quando o tema não faz sentido, quando o tempo não é adequado ou quando a interlocução não conecta.
É aqui que a mentoria autodirigida da Top2You faz diferença. O mentorado tem autonomia para escolher mentores, temas e ritmo, ao mesmo tempo em que conta com um suporte qualificado para garantir uma experiência realmente transformadora.
Esse equilíbrio entre liberdade e estrutura fortalece uma cultura de aprendizado autônoma e contínua, em que cada profissional se sente dono e responsável por seu próprio crescimento.
Esse modelo transforma não apenas o mentorado, mas também o ambiente em que ele está inserido, gerando impacto que se espalha por toda a organização.
No Grupo Boticário essa prática já está em movimento por meio de um programa de mentoria interna em parceria com a Top2You. Recentemente, Alexandre foi mentor e impactou 17 pessoas.
Ele relata sua experiência: “Para mim, como mentor, a plataforma ofereceu ótimas ferramentas para acompanhar o progresso e calendarizar os encontros, além de proporcionar oportunidades enriquecedoras de networking. A experiência foi muito positiva, resultando em crescimento profissional significativo tanto para mentores quanto para mentorados.”
O testemunho reforça que a mentoria não é um processo passivo, mas um espaço de construção ativa e coletiva, onde mentorado e mentor transformam cada encontro em um degrau de crescimento.
Não existe fórmula única, nem decisões erradas quando se trata de quantos ou quais mentores escolher. O que faz a diferença é o grau de comprometimento e responsabilidade com que o mentorado conduz a jornada.
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