Nesse contexto, os processos de aprendizagem autodirigida estão ganhando destaque. Impulsionada especialmente com o advento da internet, essa abordagem é relativamente simples: quando um indivíduo sente a necessidade de aprender algo, ele mesmo tem autonomia suficiente para buscar ferramentas e conteúdo, escolhendo a forma de aprendizado e o canal pelo qual deseja aprender. Inclusive, na era digital, o acesso a esse conhecimento é muito mais democratizado, o que viabiliza e impulsiona toda essa dinâmica. Assim, a aprendizagem autodirigida pode ocorrer por meio de plataformas online, vídeos no YouTube, tutoriais e até podcasts.

E mesmo com toda a acessibilidade e disponibilidade de informações, muitos profissionais enfrentam dificuldades ao tentar conciliar os estudos com suas rotinas cada vez mais intensas. E aqui, entra a responsabilidade das próprias empresas enquanto fomentadoras da capacitação de seus colaboradores. As instituições ocupam uma posição, por assim dizer, ambígua. A mesma instituição que impõe jornadas de trabalho intensas, também precisa de colaboradores cada vez mais capacitados – impasse que precisa ser resolvido pelo bem dos profissionais e da instituição – que se beneficia na medida em que os colaboradores estão mais bem preparados.

As empresas, no geral, têm reconhecido essa demanda e estão investindo ativamente em recursos para a promoção da aprendizagem autônoma entre seus colaboradores. Nesse sentido, algumas organizações estão remodelando sua cultura corporativa, incentivando seus funcionários a buscarem por novos conhecimentos. Tudo isso, porque uma modalidade de conhecimento mais livre, e com menos procedimentos formais tem se mostrado mais aplicável nas rotinas dos profissionais, bem como mais eficientes, considerando que a autonomia na aprendizagem acaba por elevar a qualidade do processo como um todo.

Cada vez mais, os líderes empresariais têm razões para acreditar que a aprendizagem autodirigida deve ser uma parte fluida do dia a dia. Por isso, é necessário estabelecer iniciativas para estimular a perspectiva de que ler um artigo, assistir a um tutorial ou a uma palestra, como formas reais e válidas de aprendizado, apesar da ausência de uma formalidade.

A aprendizagem autodirigida não é um processo novo, existindo na verdade desde a antiguidade clássica, com filósofos gregos como Sócrates, Platão e Aristóteles. Na era moderna, educadores como Allen Tough, Malcolm Knowles e Paulo Freire defenderam uma abordagem centrada na motivação e autoconhecimento como combustíveis para o aprendizado autodirigido. Essa metodologia baseia-se em princípios como a necessidade de saber, o autoconceito do aprendiz, o papel da experiência, a orientação para a aprendizagem e a motivação.

Percebe-se que nesse modelo, a autonomia no processo de aprendizagem acaba por tirar o sujeito de um mero pólo passivo, e o coloca no papel central de sua própria evolução. O aprendiz passa a ter o protagonismo de escolha, guiando seu processo de conhecimento – o que acaba por potencializar sua carga de conhecimento.

Dentro das empresas, a aprendizagem autodirigida tornou-se crucial, especialmente considerando as habilidades destacadas pelo Fórum Econômico Mundial para o ano de 2025, no qual as estratégias de aprendizagem ocupam o segundo lugar em uma escala de relevâncias.

Empresas que promovem a aprendizagem autodirigida tendem a confiar mais em seus colaboradores, atribuindo-lhes maior responsabilidade. E é justamente essa responsabilidade que os torna mais empoderados em sua experiência de aprendizado, mais seguros em seu desempenho e mais proativos diante dos desafios e tendências do mercado. Conforme o mercado corporativo vem compreendendo, o aprendizado livre reflete não apenas nas dinâmicas de conhecimento e capacitação, mas na consolidação do profissional como um sujeito mais independente e seguro em suas decisões.

A pandemia ampliou a necessidade de promoção do autoaprendizado entre os funcionários, uma vez que os métodos tradicionais de ensino, em salas de aula por exemplo, ficaram inviáveis. Grande parte dos colaboradores das empresas, atualmente atuam de forma remota ou híbrida, e as empresas adaptaram-se usando ferramentas digitais e colaborativas, integradas a plataformas on-line, para estimular o aprendizado autodirigido.

Existem muitas diretrizes importantes para consolidar esse modelo de aprendizagem, e aqui podemos citar quatro dicas importantes para as empresas que desejam promover e incentivar esses processos:

• Estabelecer uma comunicação eficaz sobre a importância desse tipo de aprendizado, viabilizando recursos para que ele ocorra;
• Criação de planos de carreira que condicionem o crescimento profissional aos seus níveis de conhecimento e especializações (inclusive aquelas derivadas de processos autônomos);
• Dar exposição a iniciativas informais para inspirar a adoção generalizada do aprendizado autodirigido entre os colaboradores;
• Viabilizar recursos de aprendizado cuja própria estrutura tenha como característica manter o aprendiz enquanto protagonista de seu processo, como por exemplo, as mentorias de carreira.

Na Top2You, o aprendizado autodirigido é um dos grandes pilares dos nossos processos de mentoria. Acreditamos em uma dinâmica de conhecimento horizontalizada, de forma que o mentorado possa guiar sua aprendizagem, com apoio e disponibilidade da experiência de um profissional que se coloca no papel de mentor.

Acreditamos que a liberdade deve ser um fator inegociável para um aprendizado de qualidade, por isso estruturamos Mentorias nas quais o mentorado pode ser livre, tendo seu pensamento estimulado e seus horizontes ampliados.

Para conhecer a Mentoria da Top2You entre em contato conosco, será um prazer te atender!