De acordo com o Gartner, uma das prioridades dos CHROs para 2026 é mobilizar líderes para o crescimento em um mundo incerto.
O estudo mostra que, quando a mudança deixa de ser algo pontual e passa a ser parte do cotidiano, as empresas têm três vezes mais chances de adotar transformações de forma saudável.
E não é difícil entender o porquê.
O mundo do trabalho vive um ritmo de transformações sem precedentes. Novas tecnologias, inteligência artificial, formas flexíveis de trabalhar e o próprio papel das lideranças estão sendo redesenhados enquanto você lê estas palavras.
Nesse contexto, a gestão de mudança não pode ser uma função periférica, mas uma competência central.
Não basta reagir a cada novidade. Empresas e lideranças precisam aprender a navegar em um ambiente em constante movimento, sem perder o senso de direção.
Mudar é um processo, não um evento
A gestão de mudança envolve preparar, apoiar e conduzir pessoas e equipes em momentos de transformação, garantindo que as transições aconteçam de forma estruturada, sem perder de vista o fator humano.
Ela combina estratégia e sensibilidade: busca atingir os objetivos do negócio, mas sem ignorar o impacto que cada alteração provoca em quem faz parte dela.
O papel da gestão de mudança é minimizar resistências, engajar pessoas e facilitar a adaptação, para que o novo realmente se torne parte da cultura — e não apenas uma etapa de projeto.
Para Luiz Faray, consultor de transformação digital e inovação no Google e mentor da Top2You, a gestão de mudança começa com um diagnóstico honesto da realidade. “A gente parte do ponto de onde a organização está e de onde ela quer chegar. E vai trabalhando gradativamente as iniciativas, algumas inspiradas em boas práticas, outras criadas a partir do DNA daquela empresa”, detalha.
Assim, a gestão de mudança começa reconhecendo o contexto e respeitando o ritmo da cultura. Copiar modelos prontos não funciona. Cada empresa precisa construir seu próprio caminho.
Outro ponto central quando se fala em ambientes em transformação, segundo Faray, é criar segurança psicológica para que as pessoas possam propor novidades sem medo. “A ousadia pode trazer erros, mas a falha não é o fim — é o meio para que você aprenda e continue”, diz.
Liderar em tempos de transição
Nenhuma transformação é bem-sucedida sem uma boa liderança. Mas, para isso, gestores precisam de uma nova mentalidade: a de quem entende que gerir a mudança é mais sobre orientar e escutar do que sobre controlar.
A clareza de propósito é outro pilar fundamental. “As pessoas só fazem quando entendem o porquê. Se elas não entendem o porquê, não se engajam”, explica o mentor.
Por isso, o líder deve ser capaz de traduzir o sentido da transformação, explicando não só o que muda, mas por que isso importa para o negócio e para as pessoas.
E, acima de tudo, o líder ajuda a lidar com o medo natural diante do desconhecido. “As pessoas pensam: ‘vou perder meu emprego, a tarefa que eu fazia agora é feita pela IA’. O papel do líder em uma situação como essa é ajudar o colaborador a resgatar suas habilidades e ocupar um novo espaço.”
É esse olhar humano que faz a gestão de mudança deixar de ser uma tarefa técnica e se tornar uma prática de liderança e cuidado.
A mentoria como aceleradora da mudança
Gerir mudanças não é simples. Envolve habilidade para lidar com incertezas, escuta e preparo emocional — qualidades que podem ser desenvolvidas com apoio certo.
É por isso que a mentoria tem se mostrado uma das formas mais eficazes de apoiar líderes e equipes nesse processo.
Uma sessão de conversa com alguém altamente experiente pode ser o que falta para enxergar o contexto de outro ângulo, organizar ideias e encontrar clareza sobre o que fazer a seguir.
O mentor pode ajudar o líder a regular o desconforto das mudanças, oferecendo perspectivas práticas sobre como lidar com resistências, emoções e pressões que surgem durante o processo de transformação. Ao compartilhar sua vivência, também pode ensinar o mentorado a agir com confiança, estratégia e humanização, mesmo quando o caminho ainda não está totalmente claro.
Na Top2You, mais de 150 mentores que são referência em suas áreas — como executivos, empreendedores e atletas de alta performance — estão disponíveis para apoiar talentos neste e em outros desafios.
Se você quer fortalecer a gestão de mudança na sua empresa, fale com a Top2You e descubra como a mentoria pode preparar suas lideranças para conduzir transformações com clareza, sensibilidade e propósito.* Quer ouvir mais sobre o que Luiz Faray tem a dizer? O consultor de inovação do Google e mentor da Top2You participou do Diálogos que Desafiam, o podcast da Top2You. Assista no YouTube ou ouça no Spotify!