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Jornadas de Sucesso com Ruy Marra

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Como você chegou onde está hoje como mentor?

Foi um conjunto de experiências!

No Instituto Reação trabalho na Rocinha, dando consultoria na área de neurociência aplicada a gestão de pessoas e ao esporte.

Isso me deu uma visão mais integrada do mundo. No Instituto Visão do Futuro eu tive a experiência na creche municipal Andaraí com trabalho com professores e na área dos cursos sobre estresse.

Hoje também faço parte de laboratórios, com o de neurociência da UFRJ, na medicina e na Fiocruz, no laboratório de comunicação celular.

Juntando a isso tudo tem o fato de eu ter voado de asa delta com mais de trinta e cinco mil pessoas de diferentes tipos. Essa complexidade de experiências ela vai preenchendo o nosso cardápio, de escuta e de vida.

Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao longo de sua carreira e como lidou com eles?

É você buscar o bem-estar dentro de uma insatisfação constante, né?

Além disso, tiveram as transições de carreira desde quando eu me formei em Direito e um dia eu me perguntei se se eu poderia voar mais vezes. Foi quando eu fiz essa transição para profissional de voo duplo numa época que não existia essa profissão no planeta.

Depois a transição de piloto de voo para a área da ciência, onde eu queria tentar entender sobre a origem dos medos, então eu fui estudar sobre isso aos trinta anos de idade.

E também temos sempre o desafio de balancear bem-estar com trabalho, estudo e relações.

O voo, o trabalho voluntário e a meditação me ajudaram bastante a lidar com esses desafios.

Quais são as lições mais importantes que você aprendeu ao longo de sua trajetória profissional e como elas influenciam sua abordagem como mentor?

A base dessas lições é que pessoas precisam se sentirem seguras.

A insegurança é uma praga da felicidade, do bem-estar. Ela é necessária, mas o excesso de insegurança não é saudável.

Contribuir com a minha comunidade me ajudou bastante, pois as pessoas me influenciam na escuta como mentor e entender que a vitalidade comunitária até biologicamente nos faz bem, nos faz produzir ocitocina, o neurotransmissor do bem-estar.

Então eu procuro direcionar minhas mentorias fundamentadas em ciência e nessa experiência da qualidade da conexão. Trazendo a segurança para o trabalho e para as relações.

Existe alguma experiência específica ou momento decisivo que moldou sua visão e missão como mentor?

Uma experiência muito importante para mim foi aprender a servir quando eu comecei na Rocinha a trabalhar no Instituto Reação com atletas com problema de violência doméstica.

Só que um modo de servir genuíno, não é um servir com arrogância de superioridade.

Eu comecei comentando que eu ia ensinar a falar sobre respiração. E as pessoas olharam para mim e falaram, tá bom, então traz aí o seu conteúdo e eu percebi que não houve engajamento.

Na segunda visita eu trouxe uma escuta para o grupo, eu perguntei: vocês acham que a respiração pode influenciar a luta do judô? Eram sessenta atletas da Rocinha e dividi eles entre grupos de dez para discutirem entre si e eles falaram que a respiração é importante, a gente quer aprender a respirar.

Ou seja, se você quer servir é importante que você tenha uma escuta genuína para o grupo que você está servindo e não só servir por servir. Essa experiência para mim foi muito importante.

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