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O mundo corporativo nunca foi um terreno estável. Bem, o mundo nunca foi estável.
Mas, nos últimos anos, a instabilidade econômica, política e social está cada vez mais evidente dentro e fora do trabalho.
O que antes eram mudanças pontuais hoje são ondas constantes de transformação.
Em muitos casos, essas mudanças são cíclicas. É como um pêndulo, oscilando continuamente de um extremo para o outro.
“O pêndulo está em movimento, mas agora com uma velocidade maior. Não se trata de esperar estabilidade, mas de aprender a prosperar em meio à instabilidade”, afirma José Renato Domingues, executivo global em Transformação, Inovação e Liderança, board member e C-Level com expertise em cultura e transformação de empresas.
O desafio, portanto, não é buscar o equilíbrio estático, mas desenvolver a capacidade de adaptação rápida e eficiente.
E, nesse cenário, surge uma pergunta incômoda: estamos formando líderes prontos para lidar com isso?
O que mudou e o que não volta mais
Se olharmos para os últimos dez anos, é possível ver com clareza o movimento pendular que José Renato mencionou.
Pense no típico perfil de liderança que imperava até os anos 2010. Eram gestores que comandavam seguindo um modelo de hierarquia rígido e verticalizado. O pêndulo estava em um extremo: seguro, conservador, conhecido.
Com a chegada da geração Y aos cargos de liderança, essa história começou a mudar.
“Essa geração trouxe uma visão mais colaborativa, horizontal e menos hierárquica”, destaca o executivo. Foi um marco na ruptura com o modelo tradicional de comando e controle.
Depois, a pandemia acelerou o que já estava em movimento. E, de repente, gestores que se apoiavam apenas na presença física como forma de gestão se viram obrigados a confiar em suas equipes, mesmo sem vê-las diariamente.
“As empresas descobriram, na marra, que é preciso confiar nas pessoas. O susto inicial deu lugar à percepção de que resultados não dependem de controle obsessivo, mas de alinhamento e autonomia”.
Aqui, o pêndulo estava no outro lado: inovador, flexível, autônomo.
E é claro que há diferentes pontos de vista, prós e contras, ganhos e perdas em cada extremo.
Não estamos falando se há um lado certo ou errado, mas sobre o movimento.
E, falando nisso, o pêndulo segue oscilando.
O que esperar daqui pra frente?
As tensões econômicas globais, o aumento da competitividade nos mercados e as incertezas políticas estão fazendo as organizações repensarem (de novo) suas estratégias.
E se o pêndulo não vai parar, precisamos de uma liderança que saiba navegar entre esses polos, usando o que cada momento traz de melhor para construir equipes resilientes e resultados sustentáveis.
Para José Renato, a base da liderança contemporânea é a capacidade de se comunicar não apenas para informar, mas para engajar, inspirar e traduzir a identidade da organização para seus times.
“Não existe líder eficaz que não saiba se conectar com sua equipe de forma clara e inspiradora.”
Mas não basta falar bem. É preciso ter coragem gerencial. Isso significa não apenas compartilhar resultados positivos, mas levar para o topo da organização problemas, desafios e desconfortos.
Outro pilar é a liderança positiva. Não se trata de um otimismo superficial, mas da habilidade de criar ambientes de trabalho saudáveis, onde o conflito é visto como uma ferramenta para gerar soluções, não como um campo de batalhas para jogos de poder.
Isso envolve práticas de comunicação não violenta, gestão de conflitos de forma construtiva e o cultivo de relações de confiança que promovam a colaboração.
Com o pêndulo se movendo cada vez mais rápido, o executivo menciona uma última competência fundamental: a capacidade de aprender de forma contínua e rápida.
Não basta se adaptar: é preciso antecipar, absorver o novo com agilidade e transformar desafios em oportunidades de crescimento.
E o que mais pode acelerar o desenvolvimento do que uma boa conversa?
Mentoria: mais que conselho, um atalho
“Em uma hora de mentoria, é possível acessar aprendizados que o mentor acumulou ao longo de cinco ou dez anos de carreira, além de cursos e vivências, tudo de forma sintética e objetiva”, explica José Renato.
Em vez de depender apenas do que acontece dentro de sua própria organização, um líder que conversa com mentores externos aprende com erros e acertos de outros contextos, setores e realidades.
Isso pode ampliar sua visão de mundo e capacidade de adaptação, tornando-o mais preparado para lidar com a instabilidade.
Além disso, a mentoria cria um espaço seguro para reflexão, algo raro no ritmo acelerado do dia a dia corporativo. “A gente não aprende sob pressão. O aprendizado exige paciência e espaço para pensar”, ressalta.
Nesse contexto, a Top2You é uma aliada estratégica para o desenvolvimento de lideranças.
Especializada em mentorias corporativas, a Top2You conecta líderes e talentos a uma rede de C-Levels e grandes referências de mercado, como José Renato.
Somando seu corpo de mentores de altíssimo nível, com a possibilidade de personalizar os programas segundo os desafios de cada líder e organização e com uma estrutura tecnológica robusta e flexível, a Top2You transforma a mentoria em uma ferramenta estratégica para desenvolvimento rápido e abrangente de lideranças.
O futuro é incerto, mas sua liderança não precisa ser
Mais do que nunca, liderar é um ato de humildade. Humildade para reconhecer que não se tem todas as respostas, para ouvir ativamente e para buscar apoio quando necessário.
E é justamente aqui que a mentoria se revela uma ferramenta poderosa: ela não é um luxo, mas uma necessidade estratégica para qualquer organização que não quer ficar para trás.
O pêndulo não vai parar. E você?