Todo líder, mais cedo ou mais tarde, vai se deparar com um conflito. Pode ser entre membros da equipe, entre áreas da empresa ou até mesmo dentro de si.
Às vezes o conflito é explícito: uma discordância em uma reunião, um atrito sobre prazos, uma divergência de ideias. Outras vezes, se disfarça de silêncio, de entregas mornas, de desmotivação. Mas está lá.
E o que você faz com ele faz toda a diferença.
Historicamente, fomos ensinados a evitar conflitos, apagar incêndios e manter o “clima bom”. Só que a liderança que se sustenta em omissão perdeu espaço para uma gestão mais consciente, que valoriza escuta, diálogo e maturidade emocional.
“A gestão está em uma mudança paradigmática”, explica Tania Almeida, mentora Top2You e especialista em comunicação, negociação, tomadas de decisão e soft skills. “A gente vem de um modelo cartesiano, de comando e controle. Mas hoje, o que o cenário corporativo pede é uma gestão mais humanizada, horizontal, com as pessoas no centro.”
E quando as pessoas estão no centro, o conflito deixa de ser um desvio e passa a ser um sinal.
Ele pode ser um convite para observar melhor o sistema, entender o que está desalinhado e transformar atrito em construção.
A maioria dos líderes não está preparada
Se você acha que ainda não está totalmente preparado para lidar com conflitos na equipe, não está sozinho.
Uma pesquisa global da Development Dimensions International® (DDI), realizada com mais de 70 mil profissionais, revelou que apenas 12% dos participantes que estão em ascensão demonstraram alta proficiência em gestão de conflitos.
Mesmo entre quem já está na cadeira de liderança, o cenário continua desafiador. Só 3 em cada 10 líderes se sentem realmente confiantes em sua capacidade de enfrentar essas situações.
Por mais que o conflito seja parte inevitável da liderança, ainda falta preparo prático e emocional para administrá-lo de forma construtiva.
Nesse ponto, é importante dizer que gerenciar conflitos não é controlar o ambiente para que eles desapareçam.
É criar espaço para que as diferenças possam emergir com respeito, para que as tensões sejam elaboradas com inteligência, para que todos tenham voz e responsabilidade no processo.
Isso exige coragem para encarar desconfortos, abrir mão de certezas, deixar o ego de lado e agir com intenção. Exige também que o líder desenvolva recursos internos como empatia, comunicação não violenta e foco.
E isso não acontece com fórmulas prontas, mas com repertório, consciência e acompanhamento de quem entende do assunto.
Resolver conflitos é habilidade “aprendível”
Nas mentorias com Tania, um dos temas que mais aparecem é justamente a dificuldade de lidar com conversas difíceis e resolver impasses.
“Recebo muitos líderes curiosos, com desejo de se aprimorar, mas que não aprenderam isso na formação técnica. Ninguém ensinou como escutar sem reagir, como construir acordos reais, como sustentar tensões sem estourar.”
A boa notícia é que é possível aprender essas competências e elas são extremamente úteis não só no trabalho, mas em todas as relações da vida.
“O que começa como um desejo de melhorar a gestão de conflitos na equipe acaba virando uma jornada de autoconhecimento. No fim, a mediação começa por nós mesmos”, complementa.
Tania também destaca que, embora o termo “mediação” envolva uma formação completa, no dia a dia das empresas o mais importante é aplicar escuta, equilíbrio, objetividade e consciência.
“Essas habilidades nos ajudam a conduzir reuniões, escutar com mais presença, lidar com múltiplos interesses em conselhos e comitês, chamar o grupo para a conversa certa no momento certo. E escuta é a soft skill que mais faz falta no mundo corporativo hoje.”
Um líder que desenvolve essa aptidão se torna um agente de transformação. Consegue transformar atritos em aprendizados, gera confiança em vez de medo, estimula a diversidade de ideias e contribui para uma cultura mais saudável e colaborativa.
Mentoria como caminho
As transformações do mundo do trabalho exigem mais do que conhecimento técnico ou domínio de processos.
É por isso que cada vez mais líderes, tanto os já estabelecidos quanto os que estão em desenvolvimento, têm buscado a mentoria como ferramenta de apoio.
Na Top2You, essa jornada é personalizada: o mentorado escolhe seus mentores, os temas que deseja tratar e pode trabalhar diretamente os desafios que enfrenta no dia a dia.
A mentoria cria um espaço seguro para se inspirar em quem já enfrentou desafios semelhantes, receber provocações certeiras e transformar dilemas em decisões conscientes.
Conflitos não vão desaparecer. Mas líderes bem preparados sabem como lidar com eles e usá-los como propulsão para o crescimento. Quer se tornar um deles? Saiba mais sobre a mentoria.