Top2You | Mentoria de alto impacto

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Em 21 de março de 1966, durante o apartheid, cerca de 20 mil pessoas negras protestavam pacificamente na cidade de Sharpeville, na África do Sul, quando tropas do exército local atiraram contra os manifestantes. 

Naquele dia, que ficou conhecido como o Massacre de Sharpeville, 186 pessoas ficaram feridas e 69 pessoas foram assassinadas.

A ONU instituiu este como o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, e o transformou em um lembrete da urgência de enfrentar a discriminação, que ainda está enraizada na sociedade, inclusive dentro das empresas. 

Nada é por acaso

Por aqui, 55,5% da população se declara preta ou parda, são cerca de 112,7 milhões de brasileiros, segundo o IBGE (2022). Mas isso não se reflete no mercado de trabalho.

Apesar de serem mais da metade da força de trabalho, as pessoas negras representam cerca de dois terços dos desempregados e subutilizados no país.

Nas lideranças, o cenário é ainda mais preocupante: apenas 8% dos profissionais autodeclarados pretos e pardos ocupam posições de gestão, de acordo com uma pesquisa do Indique uma Preta e Cloo.

E não se trata de uma casualidade.

No mercado de trabalho, a diferença na ocupação de cargos de liderança é um reflexo das barreiras históricas que ainda persistem. 

A discriminação está nas contratações enviesadas, na falta de acesso a oportunidades de educação e crescimento e no bloqueio silencioso que impede que talentos negros cheguem ao topo.

Mas o que fazer para mudar essa situação? 

Ouvir, aprender, transformar

Quando uma pessoa negra cresce dentro da organização, o impacto não se limita à sua carreira. Esse avanço transforma sua família, seu entorno e abre caminho para futuras gerações.

Mas, para isso acontecer, os empregadores devem assumir um compromisso real contra a discriminação. Alguns passos para isso são:

1. Investigar e (se) educar

Conversar com pessoas negras sobre suas experiências e desafios é um bom começo. Crie espaços seguros para o diálogo, acolha relatos sem minimizar e convide essas vozes para co-criar um ambiente mais justo.

Para combater expressões, hábitos e processos que perpetuam preconceitos e desigualdades, invista em letramento racial para toda a organização. 

Sim, para todos, porque a responsabilidade pelo avanço da diversidade não pode recair apenas sobre os talentos negros. O aprendizado precisa ser de todos os colaboradores, inclusive dos líderes.

Liderança que não se envolve na diversidade não é neutra, está reforçando o problema

3. Contratar de forma justa, de verdade

Empresas que realmente querem promover equidade racial precisam agir de forma intencional na contratação, promoção e retenção

Isso significa revisar metodologias de recrutamento, utilizar ferramentas que minimizem subjetividades e treinar gestores para identificar e corrigir vieses inconscientes.

Monitorar dados sobre diversidade também é importante para avaliar avanços e identificar pontos de melhoria. 

Organizações que mapeiam e compartilham seus números sobre representatividade racial mostram compromisso com a transparência e incentivam outros empregadores a seguirem o mesmo caminho.

3. Democratizar oportunidades

Oferecer acesso a instrumentos de desenvolvimento pessoal e profissional também é uma forma de combater a discriminação e mudar realidiades. E a mentoria tem um impacto transformador nesse sentido. 

Mais do que oferecer conselhos, ela cria oportunidades reais de crescimento, conectando colaboradores a líderes experientes. 

O diferencial está na troca: ao ter acesso a executivos que entendem os desafios do mercado e compartilham suas estratégias, o profissional consegue acelerar sua evolução em um curto período de tempo

E na maioria das vezes, o potencial já está ali — a mentoria apenas desbloqueia os próximos passos, dando clareza e fortalecendo a confiança para avançar.

Quando estruturada corretamente, ela não só beneficia o mentorado, mas também transforma a cultura organizacional, ajudando empresas a reter trabalhadores diversos e a construir um ambiente mais equitativo, inovador e produtivo.

A Top2You faz parte dessa mudança

A Top2You tem a missão de democratizar o acesso ao desenvolvimento pessoal e profissional por meio de mentorias de alto impacto, mas também tem investido para se transformar internamente. 

“A primeira vez que realmente enxerguei a questão racial foi ao participar de um programa de mentoria colorida, voltado para profissionais brancos, mentorados por talentos negros. Foi um momento de despertar. A partir da minha primeira sessão caiu a ficha de todo privilégio que tive ao longo da minha vida e carreira até aquele momento. Entendi a urgência do tema e que precisava fazer algo sobre. Além das conversas da mentoria, comecei a seguir perfis em redes sociais, ver TEDs de pessoas negras, ler livros sobre o tema e observar muito e agir sempre que houvesse oportunidade; até uma pós em Reconexão Ancestral Africana com um professor do Benin fez parte do meu letramento básico”, explica Marcio Minuzzi, co-fundador da Top2You. 

A partir dessa percepção, Marcio passou a promover mudanças em todas as áreas ao seu alcance. 

Uma delas foi incentivar discussões abertas na creche dos filhos sobre a presença de pessoas negras na gestão da escola, o letramento racial dos professores e a inclusão de pautas raciais na grade curricular.

Na Top2You também foram conduzidas várias ações, incluindo o letramento racial para que a equipe e os mentores estejam melhor preparados para orientar os mentees.

“Muitos de nossos mentores conversavam esporadicamente com pessoas negras. Hoje, falam frequentemente, aprendem e ampliam sua visão sobre diversidade. Eles indicam que a pauta racial também entrou em suas vidas e rodas, participando de conversas à mesa com familiares, amigos e equipes”, destaca Minuzzi.

Nos processos de contratação, esse comprometimento se tornou ainda mais intencional, o que resultou em um quadro que hoje é composto por 41,6% de pessoas negras. 

E a Top2You vem estabelecendo várias parcerias relacionadas à mentoria para ampliar o impacto social e fortalecer iniciativas voltadas à equidade racial e inclusão profissional. 

Entre elas, destacam-se o Projeto Hub e o Desvelando Oris, duas organizações que atuam diretamente na promoção de oportunidades para públicos historicamente sub-representados.

O Projeto Hub tem como foco o apoio a empreendedores da comunidade Santa Marta, no Rio de Janeiro, e o desenvolvimento transformador de jovens da periferia. A iniciativa busca fortalecer comunidades por meio da capacitação e estímulo ao empreendedorismo. 

Como parte desse compromisso, no dia 17 de março, foi lançado um programa de mentoria em parceria com a Top2You. O objetivo é oferecer suporte e orientação para o desenvolvimento profissional dos participantes.

Já o Desvelando Oris atua no enfrentamento das desigualdades raciais e de gênero no Brasil, atendendo principalmente mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social. A previsão é que seu programa de mentoria seja lançado no final de abril, contribuindo para a formação e ascensão desse público.

Entre essas ações também está o Mover Conecta, parceria entre o Mover – Movimento pela Equidade Racial e a Top2You para oferecer mentorias para profissionais negros.

Em seu primeiro ciclo, o programa recebeu 950 participantes e atingiu um NPS de 99/100. Os temas mais buscados, como plano de carreira, comunicação e liderança, reforçam que essa jornada não é só sobre conquistar cargos, mas desenvolver habilidades estratégicas para superar obstáculos.

Na percepção dos participantes, as mentorias influenciaram positivamente vários aspectos. Entre eles está o networking, que saltou de 35,8% para 89,6%, e a clareza sobre plano de carreira, que passou de 51,7% para 98,3%. 

O compromisso da Top2You é um exemplo de como a intencionalidade, a vontade de promover transformações e a prática constante levam ao progresso. Como reforça Minuzzi, “o convite que fazemos é: traga essa pauta para dentro da sua empresa e sua vida, exercite as ações e, com o tempo, vamos aprendendo mais e fazendo melhor.

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