E retornando ao que falávamos sobre esse tipo de tecnologia estar se disseminando a passos intensos, temos uma outra grande novidade, em relação a uma das maiores empresas mundiais do ramo da tecnologia, o Google. 

No dia 8 de novembro, o Google anunciou seu novo recurso de Inteligência Artificial generativa, que inclusive já ficou disponível para uso experimental: o SGE. E não, não se trata do Bard. A partir de agora, com o auxílio de uma IA, será possível realizar uma pesquisa sobre um tema específico e receber um resumo gerado em tópicos com uma síntese do tema pesquisado. 

Um exemplo, se você realizar uma pesquisa com o tema “Como a Mentoria da Top2You pode impulsionar minha carreira?”, a Inteligência Artificial generativa do Google irá te apresentar um resumo dos resultados encontrados em formato de sequência de tópicos. Ali, todas as variáveis importantes da pesquisa serão exibidas de forma resumida, com sugestões de sites que complementem sua busca e até mesmo sugestões de outras perguntas sobre o mesmo tema.  

O conceito do SGE é uma experiência generativa do Google (Search Generative Experience – SGE). Diferente do Bard, o recurso é baseado numa grande variedade de modelos de linguagem, como uma versão mais avançada do MUM e modelos mais recentes do PALM 2. Enquanto o primeiro é uma Inteligência Artificial generativa disponível via Chatbot, o SGE trata-se de uma ferramenta disponível no campo de busca do Google e que, para isso, precisa ser habilitada na ferramenta. 

Para acessar o recurso, você pode usar o Search Labs, um novo programa onde os usuários podem testar e experimentar novas tecnologias e recursos da Busca antecipadamente, compartilhando seus feedbacks. 

Como ainda está passando pela fase de teste, o recurso do Google ainda depende muito de feedbacks dos usuários, melhorando sua performance e aprimorando a apresentação das respostas no futuro. Por isso, o Google frisa que alguns temas considerados sensíveis (como temas de cunho sexual ou questões de saúde) ainda não estão aptos a fundamentar uma resposta da IA. 

Bruno Possas, VP Global da Engenharia da Busca explica que “Desenvolvemos várias proteções integradas contra informações que possam ser prejudiciais ou enganosas, mas, é claro, ainda é um experimento. O feedback dos usuários será utilizado ativamente na melhoria das experiências e dos modelos.”. 

Mesmo que o recurso ainda esteja nessa fase de experimentos, algumas funções principais já podem ser apontadas. Essas são algumas das experiências que podem ser viabilizadas: 

• Resumos gerados pela Inteligência artificial, para que o usuário tenha uma visão global e generalizada sobre o tema de sua pesquisa; 
• Modo conversacional, para que se possa explorar informações durante uma pesquisa, sendo possível obter uma informação instantânea, com sugestões de links de diversas fontes da web; 
• Sugestões de perguntas prontas, para que o usuário possa ter um direcionamento sobre como se aprofundar no tema pesquisado, além de destaques para as fontes de informações confiáveis. 

Para ativar o SGE no Search Labs, você pode buscar o ícone de tubo de ensaio na área de trabalho do Chrome ou no app do Google. Outra opção é visitar o site oficial do Search Labs e seguir as orientações contidas lá. 

Toda essa novidade parece interessante e sem dúvida é um daqueles impactos tecnológicos que deixam evidente o quanto esses recursos estão evoluindo rápido. E muito embora essas novas ferramentas tenham suas vantagens, é preciso questionar seu uso. 

É importante lembrar que, a cada ferramenta que te entregue um trabalho pronto (ou quase pronto) é fundamental questionar se essa inovação viabiliza e torna seu trabalho mais eficaz, ou se te afasta de funções cognitivas que são puramente suas. 

Então, leitor, se você acredita que esse recurso será útil para você, faça bom uso! Mas não se esqueça de que nada substitui o pensamento e a atividade humana.